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quarta-feira, 25 de abril de 2012

"Fé Racional" - A emoção de Pedro e a valentia de Gideão


Nos próximos dias, vamos publicar trechos do livro "Fé Racional", do bispo Edir Macedo, como parte do conteúdo para reflexão do Arca Universal

Por bispo Edir Macedo
redacao@arcauniversal.com



"Bem-aventurado és, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue que to revelaram, mas Meu Pai, que está nos céus." (Mateus 16.17)

Pedro recebeu a revelação do Pai, mas logo depois sugeriu a Jesus que não subisse para Jerusalém, a fim de que não fosse preso, condenado e morto. Ele disse: "Tem compaixão de Ti Senhor." Pedro apelou para a emoção, comoção e compaixão, porque certamente estava com medo de também ser preso, julgado e condenado.

De fato, Pedro negou o Senhor Jesus três vezes. Os demais discípulos também se esvalentia de Gideão conderam e fugiram, deixando-O só. Podemos verificar que aqueles discípulos criam nEle enquanto tudo estava indo bem, enquanto tudo estava de acordo com a fé emotiva deles.

Melhor dizendo, todos estavam junto de Jesus durante as curas, a transformação da água em vinho, a multiplicação de pães e peixes, a ressurreição dos mortos e a libertação dos endemoninhados. Porém, quando Jesus foi preso, os discípulos fugiram, se esconderam e se acovardaram, simplesmente porque tinham o Jesus físico com eles, não o espiritual, que era o próprio Espírito Santo.

Enquanto Jesus estava conquistando e vencendo, todos estavam com Ele. Contudo, ao ser preso, Seus discípulos O abandonaram. Ou seja, gozaram de Seus benefícios enquanto viam Seus sinais maravilhosos. Viviam na fé emotiva. Mas quando viram os sinais dolorosos da fé sacrificial, todos fugiram.

Por isso, temos falado incessantemente sobre a necessidade do novo nascimento. Os que não nasceram de novo não têm a fé capaz de enfrentar as tempestades e dificuldades. Às vezes, as pessoas até têm fé para receber a cura, ou um benefício físico qualquer, mas não têm a fé para conquistar uma vida nova e transformada. Isso acontece porque ainda não tiveram um encontro pessoal com o Senhor Jesus; ainda não nasceram de novo.

Contudo, essas pessoas permanecem na igreja por terem um sentimento de gratidão pelo milagre que receberam. Elas mudaram de religião, mas a vida continua a mesma. Isso significa que foram beneficiadas por uma ação da fé, mas não foram transformadas, não receberam a natureza de Jesus.

Quando nascemos, recebemos a natureza adâmica, a natureza dos nossos pais. Entretanto, quando nascemos de novo, alcançamos a natureza Divina e passamos a ter o DNA de Deus, que é a fé sobrenatural. Mas, se a pessoa não tem esse novo nascimento, ela não tem forças para enfrentar os problemas do dia a dia.

Por essa razão, vemos muitos caídos à beira do caminho, justamente porque, apesar de terem alcançado uma bênção, não alcançaram a graça maior: o novo nascimento.

Os discípulos se acovardaram com a prisão de Jesus. Pedro chegou a dizer que nunca O tinha visto. Quando a pessoa não é nascida de Deus, ela tem muito medo de arriscar, de tomar atitudes e de se lançar de corpo, alma e espírito na hora em que mais precisa.

É paradoxal, mas a mídia, em geral, tem contribuído muito para a definição da fé das pessoas não nascidas de novo. É que ela tem sido usada pelo mal para tentar neutralizar o restinho de fé que ainda há quando promove a perseguição contra a IURD. Contundo, dou graças a Deus pelas perseguições da mídia. Porque são elas que têm obrigado os indecisos na fé a tomarem decisão. As perseguições têm colaborado em muito no sentido de definir de uma vez os indecisos. Isso é muito bom! Quantos têm nascido de novo justamente quando veem as injustiças, calúnias, problemas etc? São as guerras que fazem surgir os heróis da fé. São os desertos que preparam os verdadeiros homens e mulheres de Deus.

“…também nos gloriamos nas próprias tribulações, sabendo que a tribulação produz perseverança; e a perseverança, experiência; e a experiência, esperança.” (Romanos 5.3,4)

As pessoas que têm uma fé inteligente, tal qual a fé de Gideão, que tinha conhecimento do Deus de seus pais, do Deus de Isaque e do Deus de Israel, cobram as respostas de Deus. Quando vieram os inimigos de Gideão e assolaram a sua terra, destruindo tudo, muitos estavam se escondendo nas cavernas e dentro dos túmulos. Gideão, por sua vez, no lugar onde deveria estar trabalhando as uvas, fazendo vinho, estava malhando o trigo.

Gideão estava lutando, de uma forma e de outra, para vencer a fome e as necessidades básicas de sua família. Quando Deus, na pessoa do Anjo, que representa Jesus, lhe apareceu e disse: “Deus é contigo, homem valente”, houve uma palavra de estímulo em relação ao que ele estava fazendo. Contudo, Gideão respondeu: “Se o Senhor é conosco por que nos sobreveio tudo isso? Cadê o Deus de Abraão, de Isaque e de Israel? Nos abandonou?”

Houve uma cobrança da parte de Gideão para com o Anjo, que lhe disse: “Vai nessa tua força e salva a Israel.” No momento em que a pessoa usa a fé inteligente, ela se revolta contra as situações adversas. Não aceita e nem fica parada esperando e contando com a sorte e com o tempo. Ela conta com Deus e cobra a Sua resposta.

Esse é o teor da fé inteligente, que difere da fé emotiva. Se Gideão tivesse uma fé emotiva, ele ficaria todo feliz porque o Anjo lhe apareceu. Houve um louvor da parte de Deus para com Gideão, porque se ele estivesse na fé emotiva diria: “Aleluia, graças a Deus.”

Ao contrário, Gideão não estava em condições de agradecer, mas de reclamar, cobrar e reivindicar aquilo que Deus havia prometido, porque os inimigos estavam ali, destruindo tudo. Atente para as características muito especiais de Gideão: valentia, audácia e coragem. Deus não trabalha com tímidos e covardes, e sim, com pessoas corajosas, mesmo que estas sejam imperfeitas. Afinal de contas, todos os humanos têm suas falhas.

Deus procura homens e mulheres de fé que sejam valentes, corajosos, destemidos, intrépidos e audaciosos para que possa se unir, realizar parcerias, auxiliar e realizar obras grandiosas. É assim que Deus trabalha!

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