Mas antes, o sofrimento é inevitável
Por Tany Souza
tany.souza@arcauniversal
Um namoro ou um casamento rompido. Não importa a
nomenclatura que uma relação leva, mas sim a intensidade dos
sentimentos. É esta veemência que leva também ao sofrimento, quando o
término acontece.
Quando o rompimento fica evidente é
importante entender alguns pontos para que este sofrimento seja
amenizado. “A primeira coisa é admitir que relacionamentos amorosos
podem não dar certo. Em algum momento é possível viver a frustração”,
explica a psicóloga Margareth dos Reis.
Ela esclarece também que esse sofrimento
é algo profundo e real. “Quando a pessoa passa por isso, é como se a
vida dela deixasse de ter sentido, ela tende a entrar em um pensamento
de não ter perspectivas para ser feliz. Uma separação sempre deixa
marcas não só para quem queria continuar a relação, mas também para quem
toma a iniciativa da separação. O sofrimento vem de uma relação que
teve um significado grande.”
Para se recuperar deste trauma, há algumas coisas importantes que
devem ser levadas em consideração. “Pode ser que a pessoa precise chorar
muito, esgotar aquela mágoa, mas, ao mesmo tempo que passa por isso, é
importante procurar o apoio dos amigos e ter uma vida social ativa,
buscando aquilo que faz tempo que não realizava por causa do
relacionamento ou descobrir coisas novas para se distrair”, ensina
Margareth.
A recuperação
Com o tempo, a pessoa percebe que há ‘luz no fim
do túnel’. “A dor cumpre um ciclo: primeiro vem a perda da rotina, mesmo
quando o relacionamento termina por causa da insatisfação. Depois ela
tem que criar outro enredo para sua vida. Só depois disso, será capaz de
passar por altos e baixos”, aponta Margareth.
Parece antagônico, mas o término de uma
relação pode trazer algo bom. “A pessoa busca disposição para inovar,
pode reconhecer os seus próprios limites e aproveita a experiência como
um aprendizado de vida, para amadurecer.”
O amadurecimento será colocado em
prática nos relacionamentos futuros. “Para isso, a pessoa precisa se
valorizar, gostar de si, senão acaba esperando mais do outro do que dela
mesma. A partir disso, ela aproveitará essa experiência para saber
escolher, para perceber mais rapidamente se o relacionamento tem ou não
potencial para desenvolver”, finaliza a psicóloga.
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