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quinta-feira, 31 de maio de 2012

Ele professa outra fé, e agora?

Respeito mútuo é essencial para quem quer conviver com alguém de outra religião

Por Tany Souza / Foto: Thinkstock
tany.souza@arcauniversal.com

Há muitos casais que entram em conflito por causa da religião. São homens que brigam porque a mulher não sai da igreja, mulheres que não querem que seu filho seja batizado em outra religião, além de familiares que sufocam o relacionamento pelas exigências dogmáticas. Situações como estas são cada vez mais comuns, mas como resolver?
A psicóloga Cecília Zylberstajn diz que esse é um fato de grande estresse entre o casal, porque a religião acaba por ser uma bandeira de guerra. “Envolve criação dos filhos, importâncias passadas pela família, atitudes diferentes em datas específicas, como no natal e ano novo. O desafio é encontrar os valores comuns entre as duas crenças.”
Para ela, é preciso que ambos tenham a consciência dessa diferença antes do casamento. “Os parceiros precisam partir do princípio que estão casando com alguém de religião diferente e que deverá respeitar a escolha do outro.”
Foi o que aconteceu no casamento da coordenadora de eventos Patrícia Galvão, que é católica e casada há seis anos com um cristão protestante. “Sempre nos respeitamos muito, desde o namoro. Ele nunca exigiu que eu fosse à igreja dele e ele me acompanha quando quer também, sem cobranças, sem problemas. Meu marido tem uma mente extremamente aberta.”
Para Cecília, o problema está quando o casal deixa para falar sobre o assunto depois do casamento ou depois de ter uma criança. “Esta conversa pode ter acontecido, mas quando nasce o filho, o conflito fica aflorado, porque terão que decidir como será a educação religiosa dele, se ele será apresentado para as duas religiões ou para nenhuma delas.”
Entre Patrícia e seu marido, isso já está resolvido. “Ainda não temos filho, mas quando tivermos, já combinamos que ele será batizado na igreja católica e depois, quando entender, ele decide o que quer fazer”, explica Patrícia.
O que não fazer
A psicóloga comenta também que não adianta querer mudar a situação depois do casamento, pensando que pode alterar a religião do outro. “Não é possível desejar fazer um ‘recontrato’ da relação. A pessoa mascarou uma realidade, pensando que poderia modificar a situação.”
É importante ressaltar que é perigoso exigir essa mudança do outro. “Cada um precisa pensar que qualquer exigência que fará, terá que estar preparado para ouvir exigência da outra parte também, por isso o respeito mútuo é de suma importância, principalmente quando se trata de religião”, finaliza Cecília.
Prosseguir?
Para a escritora Cristiane Cardoso é um risco continuar com um relacionamento com alguém que não professa a mesma fé. “Conheço mulheres que tiveram 'fé' pra se casar com alguém que não pertencia à mesma fé e agora estão sofrendo para manter a própria fé.”
Leia a o texto na íntegra aqui: Blog Cristiane Cardoso.

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