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segunda-feira, 21 de maio de 2012

Sobre castelos desmoronados e reconstrução de sonhos

Se o tempo foi implacável, encontre outros caminhos para alcançar os seus objetivos

Por Jaqueline Corrêa / Foto: Thinkstock
jaqueline.correa@arcauniversal.com


É só começarmos a nos entender por gente que logo vêm os primeiros sinais sobre o que queremos ser na vida. E porque consertamos a perna que saiu da boneca, pensamos em ser médicas, porque a pintamos, pensamos em ser maquiadores, porque dançamos e vestimos as roupas do nossos pais e representamos uma ceninha, já queremos ser atores. Os sonhos vão se construindo e é nessa idade que a nossa imaginação voa mais que qualquer pássaro livre e desordenado.
Então, crescemos, insistimos em nos envolver com quem não devíamos, e todo aquele aparato formado pela nossa imaginação infantil do passado parece ruir. E nem lembramos mais a clássica pergunta: “O que você quer ser quando crescer?” Porque, a essa altura, ainda não sabemos o que queremos da vida.
Aí, quando o tempo passa e percebemos que não saímos do lugar, que alguns amigos deram um giro de 180 graus na vida e nós continuamos estagnados, começamos a querer mirar nossas culpas naquele namorado que nos engravidou, nos pais, que não pagaram uma boa escola ou não se empenharam em nos bancar uma faculdade, ou na fulana que não lhe deu a devida chance no emprego.
E enquanto os colocamos no paredão e nos preparamos para fuzilá-los, também lembramos a reportagem da tevê que mostrou os grandes exemplos de vida de pessoas que deram a volta por cima sem terem sequer como dar um simples passo. A mulher que se tornou artista plástica pintando apenas com a boca, o homem que elevou a sua autoestima sem ter as duas pernas, a doutora que se formou sendo tetraplégica e muda...
É quando pensamos que poderíamos ter feito muito mais coisas se não tivéssemos atendido aos nossos caprichos iniciais, se tivéssemos pensado um pouco mais e deixado de lado um pouco da emoção. Porque triste é quem vive pelo coração, quem se baseia nele para se orientar, quem tenta firmar-se nele, acreditando acertar. E mais triste ainda, e por que não cego, e por que não tolo, quem o obedece e faz dele seu guru. “Eu só faço o que o meu coração manda”, já falamos isso algumas vezes – e sempre sem pensar.
O bom nisso tudo, porém, apesar do tempo que passou e não voltou, é que nunca e em nenhuma situação é tarde para recomeçar. Dar o pontapé inicial para uma nova vida, uma nova chance a nós mesmos, e um adeus para o que ficou lá atrás.
Ainda continuamos com as nossas escolhas, mas com a responsabilidade de escolher bem e não plantar no presente o que poderá vir a ser o tormento do futuro.
Quer tentar?
Então, perdoe-se, enterre o passado e reconstrua o seu castelo de sonhos. Se o tempo foi implacável, encontre outros caminhos para realizá-los ou redescubra a si mesmo. Novos sonhos virão, novas perspectivas surgirão e novas maneiras de alcançá-los também. Esqueça o tempo em que ficou parado. Junte cada pedra do seu castelo desmoronado e erga-o novamente. As novidades aparecem quando nos abrimos a elas.
“Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu.” Eclesiastes 3.1

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