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quinta-feira, 14 de junho de 2012

Diferença de classe social influencia no relacionamento?

O amor e o respeito devem estar acima do poder aquisitivo

Por Tany Souza / Foto: Thinkstock
tany.souza@arcauniversal.com

Não é raro ver casais em que um dos dois tem poder aquisitivo maior que o outro. São pessoas criadas de formas diferentes, com valores diferentes, mas que se conheceram e se amaram, sem levar mais nada em consideração.
Para a psicóloga Tatiana Ades, é preciso ter muito cuidado para não deixar que as diferenças de classe social influenciem no relacionamento. “Principalmente quando o assunto é classe social ou cultural. Muitas brigas acabam sendo geradas por causa de educações diferentes, onde a ambição e a naturalidade para lidar com o dinheiro já vêm prontas e, em contrapartida, há pessoas que precisam batalhar para poder ter um sustento na vida.”
E para que brigas não aconteçam, o respeito deve estar presente até mesmo em conversas convencionais. “Para evitar atritos, é preciso saber que nunca se deve comentar de forma irônica ou no meio de uma discussão sobre assuntos desse tipo. Falar de uma estrutura familiar em tom de crítica pode representar o término de um relacionamento.”
Além da cautela e respeito no dia a dia com a origem do outro, é vital que ambos se sintam à vontade com a condição do companheiro e que consigam ter sonhos juntos. “A pessoa  vinda de uma classe social mais baixa deve conseguir se divertir no ambiente que a outra goste e vice-versa. Não pode haver desistências de estilo de vida apenas para agradar o parceiro, mas sim cumplicidade. Porém, o mais importante de tudo é traçar metas em comum. Um casal sem metas acaba esgotando a relação”, enfatiza Tatiana.
A família
Se o problema no relacionamento estiver na família, que não aceita o relacionamento, é preciso ser firme e ter companheirismo entre o casal. “O parceiro deve defender o outro, caso haja crítica à relação, além de deixar claro que a escolha de traçar a vida juntos e dividir as metas e sonhos é do casal. Deve-se enfrentar de cabeça erguida e nunca se rebaixar por causa de uma situação social menos elevada. Porém, se o parceiro se sentir agredido e ameaçado com a situação social do outro, não há dúvidas de que esse relacionamento estará fadado ao fracasso, visto que o respeito já não existe.”
O lado desfavorecido
Quando o homem está na situação de menos favorecido, a situação é pior. “Isso por um único motivo: ainda vivemos numa sociedade extremamente machista – apesar de todos os avanços femininos. O homem ainda, instintivamente, quer ser o provedor e sente-se extremamente humilhado quando perde o trabalho ou quando a esposa ganha mais”, explica a psicóloga.
Tatiana esclarece também que o respeito mútuo é uma das características que levarão o relacionamento adiante. “Além de não ter preconceito, ter cabeça aberta para saberem dividir e aproveitar os valores e opções culturais do outro. Nunca se é superior por ter uma classe social mais elevada, e é essa humildade de caráter que fará com que ambos consigam trilhar uma vida juntos. Caso contrário, o desrespeito surgirá e não haverá saída para esse casal.”
A psicóloga aconselha como manter essa relação inabalável, apesar das diferenças. “Conversar de forma adulta e calma sobre incômodos não é um problema, mas tirar sarro ou ridicularizar a origem do parceiro é perder totalmente o respeito por si mesmo e pelo outro.”

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