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domingo, 26 de agosto de 2012

O ponto de vista do vencedor

Ao assumirmos nossa posição ao lado de Deus, não percebemos mais as situações da vida com nossa visão limitada

Por Marcelo Cypriano / Imagens: Wikimedia, Thinkstock
marcelo.cypriano@arcauniversal.com

Cristãos de verdade sabem que a vida é uma guerra constante contra o mal. “Orai e vigiai”, constantemente, como disse Jesus, já dando a dica sobre armas poderosíssimas.
Jogo milenar, o xadrez foi baseado em estratégias de guerra. Nada mais era, em seus primórdios, que uma representação de um campo de batalha, em que cada peça tinha uma função específica, certa autonomia de acordo com seu “cargo” e, portanto, uma hierarquia. Cada lado tenta derrubar os líderes do outro. Como numa guerra real.
E, como bem diz um bordão militar, bem popular por causa de um desenho animado da década de 1980, “conhecimento é metade da batalha”.
Sem estratégia, não há vitória. Sem usar a inteligência, ninguém vence nada.
O Dia D, quando as tropas aliadas invadiram a Normandia na Segunda Guerra Mundial, é uma das mais famosas ofensivas militares de toda a história. Não foi pouca coisa. Milhares de soldados dos dois lados perderam suas vidas naquele dia 6 de junho de 1944.
O interessante é que os combatentes que desembarcaram nas praias de água salgada e sangue da costa francesa puseram a “mão na massa”, mas todo aquele movimento coordenado e preciso só deu certo porque bem distante dali, no outro lado do Atlântico, líderes aliados estavam reunidos na cidade de Québec, no Canadá, planejando durante meses tudo o que aconteceria naquele dia. Do imponente Château Frontenac, um hotel entre os mais luxuosos do mundo na época, homens como Franklin Roosevelt (Estados Unidos), Winston Churchill (Reino Unido) e William King (Canadá) e seus militares coordenaram os ataques que seriam o início do final da guerra, entre mapas, reportes de reconhecimento do terreno e muito mais informação.
A inteligência dos homens em Québec foi uma arma determinante nas mãos dos homens na Normandia (foto abaixo). Aqueles viam o cenário como um todo, esses foram determinantes in loco.

Voltando ao xadrez como exemplo, é como se os soldados no litoral da França avançassem pelo tabuleiro derrubando as peças do adversário, vendo-os horizontalmente, e os líderes no Frontenac, protegidos secretamente no grande hotel, estivessem do alto, vendo todo o tabuleiro, a posição de aliados e inimigos. Tudo isso foi coordenado e unificado em um dos maiores sucessos de uma empreitada militar de que se tem notícia – não sem o custo de preciosas vidas. Eles conseguiram, juntos, dar o primeiro passo para o fim do embate mais sangrento da história, até o Eixo se render no ano seguinte.
A visão de Deus
O cristão inteligente segue mais ou menos o mesmo padrão, quando quer vencer. Muito se tem dito que a inteligência deve ser usada, e não a emoção.

Há cristãos que, embora muito bem intencionados, teimam em estar no tabuleiro na horizontal. E ninguém tem uma visão de 360 graus. Quando olhamos para um lado, deixamos de ver o outro. Focamos em um objetivo, em um inimigo espiritual a derrubar, e ficamos descobertos de outro. Aí é que está o erro: muitas vezes, lutamos por nós mesmos, embora achemos que estamos com Deus e que Ele protegerá esse lado descoberto.

Sozinhos, estamos no lugar errado.
Se assumirmos nossa posição de direito, ao lado de Jesus Cristo, de Deus e do Espírito Santo, vemos com Eles a nós mesmos no tabuleiro – e de cima!
Sim, vemos todo o jogo de uma vez. Não vemos só por que lados o adversário avança. Também podemos avaliar a nossa posição e a de nossos aliados. Vemos o conjunto, de fora, mesmo estando nele.

Dessa forma, podemos avaliar melhor toda a situação. Com inteligência, elaboramos a melhor estratégia: a quem atacar, que peças sacrificar (sim, há perdas, às vezes temos de abdicar de algo pelo meio do caminho para chegar à vitória), por onde avançar e por onde não avançar – e a hora certa para isso.
Vamos ver um exemplo bem famoso na Bíblia em que a inteligência usada com fé foi determinante em uma batalha real?
O franzino Davi, que havia ido simplesmente ao campo de batalha entregar comida aos irmãos, de repente se viu como o principal guerreiro naquele embate. Claro que anos e anos de treino no uso da funda para defender os rebanhos que pastoreava foram importantes. Claro que sua coragem (ele teve medo, mas o enfrentou) foi determinante. Mas sua confiança em Deus o fez vencer.
Davi não confiou arrogantemente só em sua própria pessoa. Sabia que, se Deus estivesse com ele, venceria Golias, o brutamontes filisteu que tinha várias vezes o seu tamanho. O menino, que estava em pleno tabuleiro daquele jogo, teve confiança nAquele que estava vendo tudo lá de cima.

Golias viu o jogo na horizontal e riu daquele pirralho magrelo que ia em sua direção.
Davi viu o jogo de cima, pois estava ao lado de Deus. E venceu.
Em nossa vida, há vários inimigos espirituais. Doenças, finanças mal conduzidas, má vontade em lutar, emoções, os espíritos malignos, falta de respeito para com o cônjuge, problemas que podem nos cercar por todos os lados.

Ao lado de Deus, seremos conduzidos, com Sua inteligência, para um eficiente xeque-mate.
Aí, às peças do outro lado, só restará a queda.

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