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quinta-feira, 25 de outubro de 2012

O instinto salvador dos pais

Mesmo querendo proteger os filhos ao máximo, nem sempre é possível livrá-los de tudo

Por bispo Renato Cardoso/ Foto: Thinkstock
redacao@arcauniversal.com
 


Como pai e conselheiro de pais, tenho observado as muitas maneiras em que temos impedido o progresso e maturidade dos nossos filhos. E uma delas é quando tentamos salvá-los cada vez que se metem em problemas.
Um pai que eu estava aconselhando recentemente estava tendo um problema com a sua filha de 24 anos. Ela ainda vive com a mãe, recusa-se a procurar trabalho, não quer terminar os estudos. Basicamente, vive ás custas da mãe, que trabalha bastante e mal consegue pagar as contas de casa. Além de ainda viver com a mãe e não querer ajudar com as contas, quer que a mãe lhe dê dinheiro para cigarros, bebida, e para gastar quando sai com seus amigos.
De vez em quando, sua filha se mete em problemas ou porque precisa de dinheiro para alguma coisa e não o tem, ou porque pediu dinheiro emprestado de alguém e agora está sob pressão para pagar de volta. Seja qual for o caso, o que normalmente acontece é que ela corre para a mãe e diz: "Preciso de dinheiro para..." Daí sua mãe, entre choros e sermões, termina sempre por socorrê-la. Esse é o tipo de mãe e pai que eu chamo de "salvadores" de seus filhos. Eles pensam que se não livrar o filho dos problemas, algo terrível poderá lhe acontecer.
Todo o pai têm um instinto de salvador. É muito natural querer que seu filho esteja bem e seguro. A diferença é que os bons pais aprendem a não livrar seus filhos de toda e qualquer enrascada em que eles se metem. Eles entendem que uma das lições de vida mais eficazes que podem dar a seus filhos é deixá-los fracassar e enfrentar as consequências de seus atos de vez em quando.
Se você tem cometido este erro, desista de ser o salvador de seus filhos. O seu papel é ensiná-los o que é certo, e você mesmo viver o que você ensina (dar o exemplo). E o papel deles é segui-lo, para o próprio bem deles.
E se não o fazem, deixe que a vida lhes ensine a lição que eles não quiseram aprender de você.
"Toda disciplina, com efeito, no momento não parece ser motivo de alegria, mas de tristeza; ao depois, entretanto, produz fruto pacífico aos que têm sido por ela exercitados." (Hebreus 12.11)
(*) Texto retirado do blog do bispo Renato Cardoso.

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