A aliança que Israel tinha com Deus sustentava a sua fé e o seu poder de lutar e vencer
O salmista Asafe fez uma oração que
reflete muito bem o que tem sido a Igreja do Senhor Jesus Cristo nos
dias atuais, quando disse: "Ó Deus, as nações invadiram a tua herança,
profanaram o teu santo templo, reduziram Jerusalém a um montão de
ruínas." (Salmos 79.1).
De fato, ele não estava pensando na
Igreja do Senhor nos últimos dias, mas na situação política de Israel
naquela época. O povo de Israel desprezou a sua aliança com Deus
seguindo e servindo os deuses dos povos que haviam derrotado devido à fé
no Deus de seus pais. Então, nada mais restava para eles senão a
fraqueza espiritual e, como consequência, as sucessivas derrotas para os
inimigos. A miséria, a fome e a destruição geral fizeram surgir um país
envergonhado e humilhado diante de todas as nações.
A verdade é que a aliança que Israel
tinha com Deus sustentava a sua fé e o seu poder de lutar e vencer, mas,
quando foi quebrada, a fé do povo de Israel enfraqueceu e os seus
homens de guerra perderam a confiança em si mesmos, enquanto a de seus
inimigos era automaticamente fortalecida.
Infelizmente, assim também acontece hoje
com o povo que se diz cristão, que crê no Testamento do Senhor Jesus,
mas não tem podido tomar posse da sua herança, pelo fato de permitir que
as "nações inimigas" venham invadir o seu território, a Igreja, com
toda a sorte de filosofias, doutrinas estranhas à Bíblia Sagrada,
profecias mentirosas, sem falar das politicagens e carnalidades de
muitas de suas lideranças.
O apóstolo Paulo, escrevendo a seu filho
na fé, Timóteo, alerta para o seguinte: "Ora, o Espírito afirma
expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por
obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios, pela
hipocrisia dos que falam mentiras e que tem cauterizada à própria
consciência," (1 Timóteo 4.1,2).
O resultado de tudo isso temos visto no
mundo inteiro: a Igreja do Senhor Jesus misturada às igrejas dos deuses
desse mundo, sem que haja, na sua aparência, um mínimo de diferença. Ela
tem até sido mais profanada e reduzida a um montão de ruínas
espirituais e físicas.
Talvez possam argumentar que exista uma
grande falta de conhecimento no meio do povo cristão a respeito da
aliança que Deus fez com ele, através da morte do Seu próprio Filho
Jesus. Porém, as promessas de Deus são muito claras e transparentes para
que os cristãos se deixem levar pelo fracasso cotidiano, diante das
nações espirituais do mal, inimigas de Deus e do Seu povo.
Estas nações, das quais Asafe fala nada
mais são, hoje, que os espíritos imundos e enganadores, os quais têm
levado Jerusalém, isto é, a Igreja do Senhor, ao engano e ao engodo; ora
com filosofias baratas, ora com profecias falsas.
Tudo isso com a finalidade de apresentar
ao povo um Deus velho, cansado e impotente, para que, quando as
"tempestades" vierem, a Igreja abandone o seu primeiro amor e desvie a
fé do Deus de Abrão, de Isaque e de Israel, para os deuses de madeira,
de pedra e de metal; ou, então, se entregue às religiões diabólicas
espalhadas pelos quatro cantos da Terra.
O estudo das alianças com Deus pretende
não apenas colocar o seguidor do Senhor Jesus a par de seus deveres,
obrigações e privilégios como aliado de Deus. Sobretudo, objetiva
prepará-lo com uma base de fé, de tal forma, que venha a ser um
conquistador em potencial para a glória de Deus, revertendo à situação
espiritual da Igreja do Senhor Jesus, através de um testemunho vivo,
poderoso e transparente, e permanecendo inabalável diante da contínua
luta contra as nações espirituais do mal.
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