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terça-feira, 29 de janeiro de 2013

O talento na terra seca

Qual é o seu dom? Será que você tem enterrado ou obedecido ao seu chamado?

Por Jaqueline Corrêa / Foto: Thinkstock
jaqueline.correa@arcauniversal.com
 
Ele não tinha capacidade alguma com as artes. Morava no deserto junto com uma multidão. De onde saiu, a terra era rica, porém opressora, ríspida. Enfrentou dificuldades como tantos outros que, no quase nada entre céu e areia, deveria crer, já que a fé era a sua única segurança.
Um dia, Deus quis que se construísse um lugar para Si, mas deveria haver homens aptos para essa tarefa. No entanto, quem seria?
Havia um homem de uma tribo, de nome Bezalel, que fora chamado pelo nome por Deus para cuidar da criação dos utensílios do Seu Tabernáculo. Ele não tinha o talento para artífice, mas seria o artesão, desenhista, engenheiro, arquiteto, ourives, designer, pesquisador e o que mais fosse preciso, pois seria devidamente capacitado para isso:
“Eis que chamei pelo nome a Bezalel, filho de Uri, filho de Hur, da tribo de Judá, e o encho do Espírito de Deus, de habilidade, de inteligência e de conhecimento, em todo artifício, para elaborar desenhos e trabalhar em ouro, em prata, em bronze, para lapidação de pedras de engaste, para entalho de madeira, para toda sorte de lavores” Êxodo 31.1-5.
Bezalel era um homem comum da tribo de Judá, sem histórico de nenhuma das habilidades citadas acima, mas fora chamado por Deus para fazer o que muito provavelmente não sabia. E, por isso, no deserto e do deserto, teve de providenciar o melhor para o seu trabalho.
Você já imaginou trabalhar em um lugar como este, fazendo o que nunca fez, tendo que “fabricar” e produzir objetos que nunca havia visto, mexer com metais e outros desafios que jamais imaginara e para nada mais, nada menos que o próprio Deus? Pois é, Bezalel teve que se virar para não fazer feio e decepcionar pela confiança conferida.
Fazer o melhor não é algo simples. Exige-se sacrifício e paciência, porque haverá momentos de pura terra seca e vento áspero. Haverá dias em que o sol estará tão quente que a única coisa que você vai querer é alívio para o calor extenuante – o que significa dizer que quem almeja chegar onde não imaginara, facilidade é uma palavra improvável.
É como aquele atleta que procura, antes de seus adversários, superarar a si mesmo. Ele sabe que não é fácil ser extremamente exigente com o próprio corpo e pra lá de disciplinado com as próprias vontades. Sabe que se não consegue ter domínio sobre suas muitas emoções, não poderá domar a mente e assegurar autoconfiança, para ultrapassar os seus limites.
Bezalel não chama atenção só por suas criações em um lugar ermo e estéril, como no deserto, mas porque foi ali, na infertilidade da terra e nas dificuldades das circunstâncias, que permitiu ser capacitado e não negou em nenhum momento o dom que lhe foi conferido.
Bezalel não era capaz, mas foi capacitado; não era habilidoso, mas foi habilitado; não tinha o conhecimento devido, mas aprendeu a fazer o que era preciso. Porque, antes de qualquer coisa, foi cheio pelo Espírito de Deus.
E você, qual é o seu dom? Será que você tem enterrado ou obedecido o seu talento? Ou, ainda, será que você ao menos sabe para o que foi chamado?

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