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sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Trabalho da IURD e apoio familiar ajudam a transformar vida de ex-presidiário

Mudança ocorreu depois que ele conheceu o Senhor Jesus dentro da penitenciária do Carandiru

Eduardo Prestes / Fotos: Demetrio Koch e arquivo pessoal
eduardo.prestes@arcauniversal.com
 

Quem vê o empresário Douglas Nascimento, de 44 anos, e a esposa dele, Claudia, de 37 (foto abaixo), não imagina que ele já foi um ex-presidiário. Pai de 2 filhos – um rapaz com 21 e uma moça com 23 –, ele hoje é dono de uma oficina mecânica e é obreiro da Igreja Universal. Nascimento ajuda na evangelização nos presídios, mas a história dele começou bem antes disto. 
Ele conta que a violência e brutalidade sempre estiveram presentes em sua vida. Aos 7 anos, ele foi vítima da fúria do próprio pai, que chegou bêbado em casa e o atacou com um garfo. Nascimento sofreu várias perfurações no corpo. Em seguida, o pai resolveu jogá-lo em um poço. Ele só sobreviveu graças à ajuda da mãe, que chegou a tempo de socorrê-lo da agressão. 
Mesmo revoltado com a própria vida, ele tentou não se envolver com a criminalidade, muito presente na comunidade onde morava, na zona leste da capital paulista. Trabalhou como feirante por um tempo e, depois, a aptidão para consertar veículos o levou a montar uma oficina.
Em 1996, um amigo pediu a ele para guardar um automóvel no local. O que Nascimento não imaginava era que esse simples favor iria lhe custar muito caro. Dias depois, em uma batida policial, 63 quilos de cocaína foram encontrados no interior do veículo. Sem saber como explicar o mal-entendido, a foto dele foi parar nas capas dos principais jornais de São Paulo.
“Eu fui preso e condenado a 4 anos e 8 meses de prisão, em 1997. O juiz não aceitou as alegações dos próprios policiais à respeito da minha inocência e eu fui levado para o Carandiru para cumprir pena”, recorda. A partir dali, Nascimento passou a conhecer a realidade dos presídios paulistas.
Dentro da prisão, ele não acreditava mais na Justiça. Revoltado, começou a praticar contravenções e criou inúmeros inimigos. Em virtude de rixas e desentendimentos, ele tentou matar outro presidiário. Por conta disso, foi condenado a mais 18 anos e 3 meses de prisão.
Desesperado com a nova condenação, ele tentou o suicídio dentro da cela, amarrando um cinto no pescoço para se enforcar. “Não morri porque a fivela do cinto arrebentou.”
Após a tentativa frustrada de acabar com a própria vida, Nascimento conheceu o trabalho da Igreja Universal dentro da prisão. “Um obreiro chegou até mim e disse: ‘Você precisa perdoar.’ O que mais me chamou a atenção nas pessoas da Igreja foi a alegria diferente que elas tinham. E eu queria aquela alegria para mim”, revela.
A partir de então, foi ajudado pelos pastores e obreiros da Igreja Universal, que o evangelizaram e o levaram a conhecer a Palavra de Deus. “Eu consegui perdoar meu pai, ele não era má pessoa. Ganhando meio salário mínimo de aposentadoria ele conseguiu criar 6 filhos e sustentar a casa. Eu sei que não era fácil.”
Nascimento também contou com o apoio da família. “Eu já era casado, mas não era oficial. Eu casei dentro do Carandiru, em 14 de junho de 2000. Foi uma cerimônia coletiva.” Ele lembra que o bolo tinha 3 metros de comprimento (foto ao lado).
O empresário conta que há alguns dias pegou uma carta que havia escrito para Cláudia, nos tempos da prisão, imaginando o dia em que ela seria obreira da IURD. “Minha esposa é obreira de fato hoje. O apoio dela também foi importante. Conhecer o Senhor Jesus e ter a família do lado foram fundamentais para minha mudança de vida.”
Após trilhar uma longa jornada, Nascimento é um homem totalmente reintegrado à sociedade. Ele foi libertado em 2001, após cumprir parte da pena. “Quando saí da prisão, fiz um propósito com Deus para evangelizar e ajudar outros presos a conhecer a Palavra d’Ele”, conclui.

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