Mudança ocorreu depois que ele conheceu o Senhor Jesus dentro da penitenciária do Carandiru
Quem vê o empresário Douglas Nascimento, de 44 anos, e a esposa dele, Claudia, de 37 (foto abaixo), não imagina que ele já foi um ex-presidiário. Pai de 2 filhos – um rapaz com 21 e uma moça com 23 –, ele hoje é dono de uma oficina mecânica e é obreiro da Igreja Universal. Nascimento ajuda na evangelização nos presídios, mas a história dele começou bem antes disto.
Ele conta que a violência e brutalidade
sempre estiveram presentes em sua vida. Aos 7 anos, ele foi vítima da
fúria do próprio pai, que chegou bêbado em casa e o atacou com um garfo.
Nascimento sofreu várias perfurações no corpo. Em seguida, o pai
resolveu jogá-lo em um poço. Ele só sobreviveu graças à ajuda da mãe,
que chegou a tempo de socorrê-lo da agressão.
Mesmo revoltado com a própria vida, ele
tentou não se envolver com a criminalidade, muito presente na comunidade
onde morava, na zona leste da capital paulista. Trabalhou como feirante
por um tempo e, depois, a aptidão para consertar veículos o levou a
montar uma oficina.
Em 1996, um amigo pediu a ele para
guardar um automóvel no local. O que Nascimento não imaginava era que
esse simples favor iria lhe custar muito caro. Dias depois, em uma
batida policial, 63 quilos de cocaína foram encontrados no interior do
veículo. Sem saber como explicar o mal-entendido, a foto dele foi parar
nas capas dos principais jornais de São Paulo.
“Eu fui preso e condenado a 4 anos e 8
meses de prisão, em 1997. O juiz não aceitou as alegações dos próprios
policiais à respeito da minha inocência e eu fui levado para o Carandiru
para cumprir pena”, recorda. A partir dali, Nascimento passou a
conhecer a realidade dos presídios paulistas.
Dentro da prisão, ele não acreditava
mais na Justiça. Revoltado, começou a praticar contravenções e criou
inúmeros inimigos. Em virtude de rixas e desentendimentos, ele tentou
matar outro presidiário. Por conta disso, foi condenado a mais 18 anos e
3 meses de prisão.
Desesperado com a nova condenação, ele
tentou o suicídio dentro da cela, amarrando um cinto no pescoço para se
enforcar. “Não morri porque a fivela do cinto arrebentou.”
Após a tentativa frustrada de acabar com
a própria vida, Nascimento conheceu o trabalho da Igreja Universal
dentro da prisão. “Um obreiro chegou até mim e disse: ‘Você precisa
perdoar.’ O que mais me chamou a atenção nas pessoas da Igreja foi a
alegria diferente que elas tinham. E eu queria aquela alegria para mim”,
revela.
A partir de então, foi ajudado pelos
pastores e obreiros da Igreja Universal, que o evangelizaram e o levaram
a conhecer a Palavra de Deus. “Eu consegui perdoar meu pai, ele não era
má pessoa. Ganhando meio salário mínimo de aposentadoria ele conseguiu
criar 6 filhos e sustentar a casa. Eu sei que não era fácil.”
Nascimento
também contou com o apoio da família. “Eu já era casado, mas não era
oficial. Eu casei dentro do Carandiru, em 14 de junho de 2000. Foi uma
cerimônia coletiva.” Ele lembra que o bolo tinha 3 metros de comprimento
(foto ao lado).
O empresário conta que há alguns dias
pegou uma carta que havia escrito para Cláudia, nos tempos da prisão,
imaginando o dia em que ela seria obreira da IURD. “Minha esposa é
obreira de fato hoje. O apoio dela também foi importante. Conhecer o
Senhor Jesus e ter a família do lado foram fundamentais para minha
mudança de vida.”
Após trilhar uma longa jornada,
Nascimento é um homem totalmente reintegrado à sociedade. Ele foi
libertado em 2001, após cumprir parte da pena. “Quando saí da prisão,
fiz um propósito com Deus para evangelizar e ajudar outros presos a
conhecer a Palavra d’Ele”, conclui.
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