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segunda-feira, 23 de abril de 2012

Ter momentos de solidão faz parte da necessidade do ser humano


E isso pode acontecer mesmo na convivência com outra pessoa

Por Tany Souza
tany.souza@arcauniversal


Um momento de silêncio. Um banho demorado. Algumas horas para se cuidar. Alguns minutos de introspecção. Quem nunca sentiu necessidade disso? Quem nunca fez companhia para si, para pensar na vida, avaliar situações?
O psicólogo Wilson Montiel explica que essa vontade tem um motivo para ser. “A pessoa pode estar em um momento em que se sente sufocada, pela família, pelo trabalho, pela correria do dia a dia, lindando com grandes expectativas a respeito dela, e tudo isso cria uma ansiedade. Por isso sentimosa necessidade de parar para pensar, para administrar o seu eu, verificar o que está sufocando, os próprios limites que está ultrapassando.”
Para ele, é necessário termos momentos para respirar fora de todo o cotidiano. “E isso pode acontecer mesmo vivendo com outras pessoas, tendo um relacionamento conjugal. É quando, por exemplo, a esposa pede para o marido ficar com os filhos para encontrar com as amigas, ou passa uma tarde fazendo as unhas, arrumando o cabelo. É preciso que cada um tenha esse momento de ficar sozinho.”
Nada ao extremo
Porém, a falta de maturidade da pessoa pode levá-la a uma solidão ao extremo. “É o caso daqueles que saem para comprar pão e não voltam mais ou, quando voltam, estão em crise existencial. Isso acontece porque a pessoa foi aceitando tudo, de todos, e precisou dar um grito de socorro, tomando a atitude drástica de sumir”, esclarece Montiel.
Esse é um indício de que a pessoa passou do limite da solidão normal para uma atitude patológica. “O indivíduo que é maduro consegue lidar com a solidão e o convívio, criando momentos para ficar só. Ele consegue falar de suas vontades e lidar com as diferenças e isso o faz uma pessoa apta e mais livre.”
Ter esse momento de solidão com equilíbrio é um grande passo para o amadurecimento. “Não somos feitos somente de virtudes, temos defeitos também, por isso, é importante conhecer nossos limites e saber onde estamos errando. Só é capaz de amar o outro quem é capaz de ser sozinho”, finaliza ele.

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