Leia abaixo mais um trecho do livro "Fé Racional", do bispo Edir Macedo
Por bispo Edir Macedo
redacao@arcauniversal.com
Enquanto a fé emotiva obedece cegamente à
voz do coração e aos impulsos dos sentimentos, a fé consciente, que
remove montanhas, traz à existência coisas que não existem (Romanos
4.17). Ela faz nascer em nós o sonho realizável (Filipenses 2.13) e
torna possível o impossível (Marcos 9.23), tratando da obediência e da
prática da Palavra de Deus.
Entretanto, essa prática exige
sacrifício. Literalmente, isso significa a renúncia dos impulsos do
coração (Lucas 9.23). Qual a razão de Deus exigir sacrifícios? Porque
trata-se de algo 100% espiritual. É chamado de sacrifício porque nega o
prazer à alma e ao corpo, concentrando todas as energias no espírito. O
sacrifício é a principal característica da fé consciente.
Já a fé baseada em sentimentos é
radicalmente contrária ao sacrifício. Eis a razão de a maioria dos que
creem em Deus não verem a materialização das promessas Divinas, visto
que usam uma fé que depende dos sentimentos do coração.
Essas pessoas querem ver para crer. Por
outro lado, as que praticam a fé consciente têm a plena certeza de que
Deus fará exatamente aquilo que prometeu, quer dizer, não dependem de
sentimentos, mas do que está escrito na Palavra.
Por isso, o Senhor Jesus disse:
“Conhecereis a verdade e ela vos libertará.” Conhecimento aqui refere-se
ao que Deus determinou: a verdade das Suas Promessas.
Confira alguns capítulos do livro "Fé racional"
Os heróis da fé conquistaram suas
vitórias pelos sacrifícios. Esse é o caminho trilhado pelo próprio Deus
para salvar os que nEle creem. Ele é o Criador do sacrifício que deve
ser realizado segundo as Escrituras Sagradas, pois diz respeito ao
relacionamento entre o espírito do homem e o Espírito de Deus. É
sacrifício para a alma, não para o espírito.
O jejum, por exemplo, é um sacrifício
para o corpo e para a alma, mas não para o espírito. O espírito é
fortalecido quando há o jejum, porque todas as energias do corpo e da
alma são direcionadas ao espírito. À medida que a alma e o corpo são
esvaziados, o espírito se fortalece.
O mesmo se dá em relação à oferta de
sacrifício. Quando a pessoa faz oferta de sacrifício, ela esvazia-se de
todos os seus recursos para confiar nas promessas de Deus, a exemplo da
viúva pobre. O espírito que leva a pessoa a sacrificar é o mesmo que a
conduz a lutar e a transpor as barreiras das dificuldades para realizar o
seu sonho.
O sacrifício contraria totalmente os
anseios e as ambições da alma, biblicamente tipificados pelo coração e
pela carne (Lucas 12.17-20; Romanos 8.13; 1 Coríntios 2.14; Gálatas
5.17). Quando satisfazemos a carne (alma ou coração), entristecemos o
espírito. Mas, para alegrarmos o espírito, temos de sujeitar a carne,
sacrificando-a.
É claro que o sacrifício ofende a alma,
fere o coração e sujeita a carne. Por isso, o Senhor Jesus disse: “Quem
quiser vir após Mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz, dia após dia,
e siga-Me.” (Lucas 9.23).
Tomar a cruz significa sacrificar a
alma, o coração, a carne e o próprio eu. Na mesma proporção que o
sacrifício é um prazer para o espírito, é um desprazer para a alma,
porque ele trata do espírito da fé (2 Coríntios 4.13).
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