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quinta-feira, 26 de abril de 2012

Depressão pós-parto pode ser evitada


Apoio durante a gravidez é fundamental

Por Débora Ferreira
debora.ferreira@arcauniversal.com


A depressão pós-parto é uma doença, uma forma de depressão propriamente dita, e é chamada assim sempre que iniciada nos primeiros 6 meses após o nascimento do bebê. “Assim como a maioria dos transtornos psicológicos, os sintomas são tristeza, baixa autoestima, isolamento social, distúrbios de sono e alimentação, culpa, desinteresse sexual, irritabilidade e ansiedade”, explica a psicóloga Ana Cristina Fraia.
As alterações hormonais que acontecem no corpo da mulher durante todo o período da gestação e a mudança de vida logo após o parto são alguns dos principais fatores responsáveis para a apresentação dos primeiros sintomas.
Segundo a especialista, uma das evidências mais claras da depressão pós-parto é a incapacidade da mãe de cuidar do filho, por motivos como choro constante do bebê, insegurança de trocar, dar o peito e fazer dormir, por exemplo. “Não existe tempo médio de duração para essa doença, mas quanto antes diagnosticado o problema e iniciado o tratamento, mais rápida será a remissão dos sintomas”, explica.
Em todos os casos é necessário o tratamento. De acordo com Ana Cristina, o método consiste em tomar medicação antidepressiva – que deve ser prescrita por um psiquiatra –, associada ao acompanhamento psicoterapêutico. Nenhuma mulher deve se automedicar.
Fatores de risco
“A depressão pós-parto pode ser evitada. É necessário identificar fatores de risco, como depressão anterior, conflitos conjugais, ausência de suporte social, falta de apoio do pai da criança ou dos próprios familiares durante a gestação e até se a gravidez foi planejada ou não”, esclarece a psicóloga.
Segundo ela, nos casos em que a gestante já apresenta uma pré-disposição para a doença, fazer um acompanhamento psicoterapêutico durante a gravidez ajuda a prevenir qualquer problema posterior, pois questões relacionadas à gestação, parto, o bebê que irá nascer, as mudanças no corpo ou de vida serão tratadas previamente, dando maior suporte e preparo para a futura mãe.
Depressão normal e patológica
Existem dois tipos de processo depressivo após o parto, um deles é mais comum, pois acontece de 2 a 5 dias após o parto e dura algumas semanas. “Os sintomas são caracterizados principalmente por tristeza e choro fácil, porém, isso não deixa a pessoa incapaz de realizar seus afazeres. Esse caso é chamado de baby blue nos Estados Unidos, e cerca de 40% das brasileiras passam por essa situação. Seria um estado de melancolia provisório”, explica Ana Cristina.
De acordo com a psicóloga, no caso da depressão mesmo, a pessoa torna-se incapaz de realizar suas atividades e, principalmente, de cuidar do bebê. “Essa situação é prolongada, incapacitante e necessita de acompanhamento psiquiátrico”, finaliza.

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