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sábado, 12 de maio de 2012

É possível educar sem o peso da obrigação

Para isso, deve-se criar um vínculo especial desde a infância

Por Tany Souza / Foto: Thinkstock
tany.souza@arcauniversal

Educar sem impor é uma tarefa, e às vezes um sonho, muito difícil para os pais. Mas isso pode ser possível se eles criarem um vínculo de amizade, diálogo e amor desde os primeiros anos de vida.
É o que afirma a psicóloga Débora Cristina de Macedo Jorge. “O respeito e o amor se conquistam, mas isso começa desde o início da criação, com muito diálogo, amor e amizade. Mas é claro que às vezes tem que chamar para a responsabilidade.”
Segundo ela, se os pais querem educar sem regras, em momentos de perigo, quando os filhos não acatarem o alerta, eles terão de passar por aquela experiência para entender o sinal que lhes foi dado. “Isso acontece quando os pais deixam o filho ver a consequência do seu ato. Como é o caso de dizer para não colocar o dedo na tomada, se ele desobedecer e insistir em colocar, sentirá um choque e a consequência de não ter ouvido os pais.”
Porém, a psicóloga ressalta que há crianças e adolescentes aos quais não se consegue educar sem impor. “São aquelas pessoas sem limites e regras, sem disciplina, a quem os pais devem impor a sua autoridade, o respeito e, assim, mostrar quem são.”
A imposição começa quando o filho não cumpre as regras e não soube usufruir da liberdade dada pelos pais de fazer as coisas no tempo dele e da sua maneira. “Eles devem colocar isso para o filho e não permitir que ele saia das normas estipuladas, para que não seja uma pessoa ilimitada e sem postura na vida”, esclarece Débora.
Mas, mesmo com as regras, é importante que os pais observem o perfil da criança. “Tem que conhecê-la, saber qual o momento em que ela se dedica mais aos estudos – antes ou depois de brincar, por exemplo. Porém, é sempre importante deixar claro que os estudos são de suma importância e devem ser prioridade.”
Rara exceção
É raro, mas vemos alguns casos de crianças que mergulham somente nos estudos ou em uma determinada atividade e não se interessam em se distrair, ficar com os amigos. “Quando a criança se enfia no estudo pode ser uma fuga, mesmo para aqueles que gostam de estudar. Pode ser que houve uma frustração na amizade, no namoro, que tenha um complexo de inferioridade em relação aos colegas de classe”, explica a psicóloga.
Para Débora, o primeiro passo para diagnosticar o que está acontecendo é o diálogo. “Mesmo que o filho não fale diretamente o que está sentindo, pode sinalizar, sem nenhuma palavra, somente com o comportamento, com o jeito, o que está acontecendo com ele”, finaliza.

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