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quarta-feira, 16 de maio de 2012

Traumas do passado podem influenciar novos relacionamentos

Mas também trazer grande aprendizado

Por Tany Souza / Foto: Thinkstock
tany.souza@arcauniversal

É raro alguém que não tenha vivido uma experiência ruim ou um trauma que marcou a vida sem deixá-lo inseguro para uma nova relação. Mas o fato é que essa experiência pode sim trazer um amadurecimento e aprendizado.
Para a psicóloga Margareth dos Reis, cada um recebe o trauma de uma forma. “As pessoas são diferentes, então, o que afeta é aquilo que tem importância para cada um, por isso, o fator traumático varia de pessoa para pessoa. Porém, ela será atingida por algo que interfere no seu bem-estar e autoestima.”
Contudo, há alguns exemplos de traumas do passado que mais influenciam nos relacionamentos do futuro. “A traição, não somente em relação a uma terceira pessoa, mas também a qualquer fato que faz o outro se sentir enganado, pode ser algo que tira a pessoa do seu eixo. Há também as agressões psicológicas e físicas, que não só deixam marcas no corpo, mas no íntimo da pessoa. O que diferencia é como cada pessoa vai reagir àquilo que não é saudável para um relacionamento”, explica Margareth.
A influência
Apesar de viver grandes traumas, há pessoas que conseguem impor um fim ao problema. “Há pessoas que diante de situações que as afetam, colocam o seu limite e rompem com uma situação, que nem sempre é acabar com o relacionamento, mas barram uma dinâmica da relação.”
Margareth ressalta que pode acontecer dessa dinâmica não ser rompida no momento certo e a pessoa iniciar um novo relacionamento. “Quando a pessoa não consegue acabar com essa dinâmica sozinha, ela passa do seu próprio limite e, ao sair do relacionamento sem ter trabalhado isso, leva adiante hábitos que formou nesse período.”
Por isso, a pessoa que sofreu um trauma e não foi tratada disso, acaba pensando que tem que ter as mesmas reações em um relacionamento novo. “Desenvolve automaticamente os mesmos padrões em outras circunstâncias. As situações mudam, mas os sentimentos dela, muitas vezes, não. Se não se recuperar de uma dor que ficou de um relacionamento traumático, tende a repetir os padrões em outra relação”, esclarece a psicóloga.
Segundo Margareth, é por esse motivo que é importante aprender e não ficar presa a situações que traumatizaram. “Esse aprendizado é um caminho para a libertação. A partir do momento que ela consegue olhar para aquilo que viveu e tirar uma lição dessa experiência, terá um ganho. Reconhecer é procurar cessar a experiência de uma forma que fique um aprendizado, da qual ela sabe o que não quer mais repetir em sua vida.”
Enquanto a pessoa não conseguir se reformular, ela pode viver outras consequências. “De repente, qualquer coisa que se assemelha ao que ela passou pode trazer sinais em forma de alguma doença, alteração de humor, ímpetos de raiva”, enfatiza Margareth.
Ela também ressalta que um novo relacionamento é uma nova oportunidade. “É a chance de fazer melhor, de acertar. Tudo aquilo que pode afastar disso, que mexe com a segurança, ou traz medo, que são típicos dos traumas emocionais, deve ser transformado em experiência para criar um novo repertório, para uma situação nova.”

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