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sábado, 23 de junho de 2012

Filhos: tê-los ou não?

Segundo especialista, assunto deve ser tratado antes do casamento

Por Pedro Henrique Cunha
redacao@arcauniversal.com

É cada vez mais comum encontrar casais que optam por postergar ou simplesmente não terem filhos. Antigamente os filhos  estavam obrigatoriamente inclusos no pacote do casamento e quem não os tinham eram discriminados. A vontade de ter filhos é um grande dilema em muitos casamentos. Ser pai ou mãe é um projeto de vida para várias pessoas. Porém, quando os cônjuges não compartilham da mesma opinião, o assunto pode se tornar motivo de conflitos, desavenças, tristezas e decepções, provocando até mesmo o enfraquecimento da relação.
De acordo com a psicóloga Gabriela Nunes, a decisão de ter ou não filhos deve ser conversada antes do casamento por se tratar de um assunto importante. “Criança é algo muito sério e cheio de peso”, avalia a especialista. Gabriela afirma que, no caso de a divergência acontecer antes do matrimônio, é melhor não casar. “O assunto deve ser tratado antes do casamento. Faz todo sentindo, antes do enlace, a pessoa dizer não. Pois mesmo que se ame muito, as brigas vão acontecer, já que ambos não concordam entre si”, pondera.

Segundo a especialista, por definição, casamento é o encontro harmonioso de dois indivíduos. “Dificilmente alguém diria que casamento é pra unir duas pessoas que não concordam. Quando há uma presença muito forte de discórdia, já é um indício de que vão encontrar problemas muito sérios”, explica.

Estou preparado para ter filhos?

Não é novidade que filhos trazem responsabilidade. Optar por tê-los é uma decisão que vai mudar para sempre a vida do casal. Daí a importância de planejamento, da preparação. Homem e mulher precisam ponderar bem seus objetivos de vida e avaliar se estão realmente dispostos a dar esse passo.  “A própria lei diz que os pais são os responsáveis pelos filhos. Então, tê-los é um compromisso sério. Responsabilidade física, emocional, social e espiritual”, diz a psicóloga.

A especialista afirma que há pessoas que simplesmente não são atraídas por crianças, por uma série de razões, e por isso não sentem necessidade de tê-las. “Ter filhos só porque a sociedade quer, traz dificuldades para a criança, pois ela irá ficar sempre em segundo plano”, analisa. Para ela, o casal deve estar muito bem preparado para a chegada do herdeiro. “Casais que têm autorrejeição vão passá-la para o filho. Então, um bom momento é quando os dois têm autoaceitação e estão de bem consigo mesmos.”

Diferente do homem, a mulher tem o poder de decidir se quer ou não engravidar. Mas a especialista alerta que essa decisão, tomada sem o consentimento do parceiro, pode gerar conflitos na relação. “Se você quer viver em harmonia e insiste com alguma coisa que o outro não concorda estará procurando a desavença”, salienta.

Prolongando a chegada do bebê

Diversas razões levam um casal a adiar a chegada do bebê. Questões financeiras estão entre as principais. Muitos casais, em busca da estabilidade profissional, adiam o sonho de serem pais. Entretanto, é importante que ambos estejam de acordo. E, nesta hora, o diálogo tem um papel fundamental.

Carlos André, publicitário, e Renata Portela, promotora de eventos, ambos com 28 anos, e casados há quatro, acreditam que questões financeiras podem ser um empecilho para a chegada do herdeiro. Para eles, filhos, além de muita responsabilidade, requerem gastos. E uma vez que o casal opta por tê-los, tem que arcar com todas as despesas. “Com um tempo de casada, vieram as cobranças de amigos e familiares. E, por isso, eu e meu marido conversamos sobre ter filhos. Concluímos que ainda não era o momento, já que temos alguns projetos na área profissional que não foram realizados”, revela a promotora de eventos. Renata conta que ainda não atingiu seus objetivos no que tange à sua carreira.  Ela busca aprovação em um concurso público. “Um filho requer atenção, o que me impossibilitaria de me dedicar aos estudos. Por esse motivo, primeiro quero ser aprovada para um cargo público para então ter um bebê.”

A promotora de eventos recorda-se de um momento na vida do marido em que possivelmente um filho atrapalharia os planos. “Recentemente, o Carlos recebeu uma proposta para trabalhar em outro estado, oportunidade que alavancaria sua carreira. Como o convite foi feito no meio do ano, com um filho nós não poderíamos aceitar a proposta, pois a criança perderia o ano letivo. Se o filho vier num momento em que estivermos estáveis em nossa vida profissional, podemos analisar e selecionar que tipo de proposta aceitar.”

Renata acrescenta que o diálogo entre ela e o marido foi fundamental para que nenhum dos dois se sentisse frustrado ou insatisfeito. “Decidimos juntos adiar a chegada do bebê. Acredito que uma conversa franca resolve muitos problemas. Por isso tenho o diálogo como base no meu relacionamento”, finaliza.

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