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terça-feira, 24 de julho de 2012

Iniciação sexual precoce

Falta de informação entre os jovens estimula o sexo sem proteção e acarreta gestações indesejadas e transmissão de doenças


Uma pesquisa realizada pela Central Única de Favelas (Cufa) traçou o perfil de adolescentes que iniciam a vida sexual precocemente, sem orientação e, principalmente, sem proteção, tomando como base o cenário de três cidades da periferia do Distrito Federal (DF).
De acordo com o levantamento, esses jovens consomem álcool com regularidade, são caracterizados por serem de baixa renda e não terem relacionamento efetivo com os pais, além de serem influenciados por opiniões e decisões de amigos.
Segundo Max Maciel, coordenador-geral da Cufa no DF, a baixa predominância da família tradicional, com pai, mãe e irmãos foi o que mais chamou a atenção entre os moradores dessas comunidades.
O levantamento constatou que 24,4% dos pesquisados moram com parentes de segundo grau (tios, avós e primos); 17,1% vivem com a mãe; 11,3%, com pai e mãe; e apenas 4,1%, com o pai; outros 13% deles moram sozinhos.
Todavia, a maior parte dos jovens (30,1%) não se encaixou em nenhum desses perfis e foi registrada na categoria outros.
Falta de diálogo com a família
Na avaliação de Maciel, o distanciamento dos pais interfere na formação sexual dos adolescentes. “São jovens que não dialogam com a família e buscam informações em outras fontes”, diz.
A própria pesquisa constatou que 45,9% dos entrevistados têm os amigos como principal fonte de informação sobre doenças sexualmente transmissíveis. Em segundo lugar, vêm os profissionais da área (33,6%). A família só aparece na terceira posição, com 24%.
O estudo revelou ainda que, em média, os adolescentes têm a primeira relação sexual aos 14 anos. Para o coordenador da Cufa, o problema não está na idade, mas na desinformação, que estimula o sexo sem proteção e acarreta gestações indesejadas e a transmissão de doenças.
Apesar de 79,3% dos entrevistados afirmarem saber fazer uso da camisinha, somente 52% de fato utilizam o preservativo. “Muitos sabem sobre doenças e métodos de proteção somente na teoria, mas não põem os conhecimentos em prática”, ressaltou Maciel.
Ele acredita que a baixa qualidade das informações buscadas com amigos e o consumo de álcool antes das relações estão entre os fatores que explicam tal divergência.
“A maioria dos pesquisados disse não usar drogas, mas houve diversos casos em que as pessoas depois admitiram consumir cerveja e vinho com frequência. Nessa parcela da população, falta o entendimento de que drogas legalizadas também são drogas”, conclui o coordenador.

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