Casal viaja pelo País ensinando milhares de pessoas sobre como fazer o casamento sobreviver à separação
Segundo dados divulgados,
recentemente, pelo Instituto Brasileiro Geografia e Estatísticas (IBGE)
foram realizados 351.153 divórcios no Brasil em 2011. Somente no estado
de São Paulo foram 17.532, segundo levantamento do Colégio Notarial do
Brasil – Seção São Paulo (CNB-SP), contribuindo para o desafogamento do
Poder Judiciário, que deixou de receber, nesse período, esse número de
processos.
Para que esses números não subam ainda
mais, o bispo Renato Cardoso e sua esposa, Cristiane, percorrem o País
com palestras direcionadas aos casais e solteiros, focando sempre como
sobreviver à onda de divórcios. “O grande problema das pessoas hoje em
dia é que estão casando só com o corpo - às vezes, nem o corpo -, de vez
em quando elas se entregam fisicamente, mas, outras vezes, o marido é
ausente e a esposa é apegada ao filho, que até dorme entre o casal na
cama. As pessoas se casam, mas não se entregam, e não tem como um
casamento funcionar assim”, explica o bispo Renato.
Fidelidade
Ele
ressalta que para um casamento dar certo é preciso que a fidelidade
exista realmente entre os dois. “Para casar e funcionar o
relacionamento, tem que casar o corpo, o físico, ou seja, tem que ser
fiel àquela pessoa, o seu corpo não pode ser de mais ninguém, ele
pertence ao outro. O apóstolo Paulo diz que o corpo da mulher, pertence
ao homem, o corpo do homem, pertence a mulher, quer dizer que há uma
troca de corpos. Não pode não se entregar fisicamente.”
Além disso, ele enfatiza que é preciso
ter o casamento das almas. “Tem que haver o casamento de almas, as duas
almas tem que se entregar. A alma é o sentimento, a personalidade, isso
significa que deve se abrir com essa pessoa, não guardar segredo, não
ocultar coisas, não tratar mal, não ferir a outra pessoa, que isso
acontece não só fisicamente, as piores feridas são da alma causadas por
palavras, atitudes que ferem a alma da pessoa”, diz o bispo.
Outro aspecto importante apontado pelos
conselheiros é permitir que a fé sustente a união. “É o casamento feito
através da fé, é a certeza, ou seja, tem que ter fé no relacionamento.
Essa fé sustenta o amor. Foi o que nos sustentou em um período difícil
da relação, quando ela falou em separação”, confessa o bispo Renato.
Como evitar a separação
Leia mais:
Em meio a isso, Cristiane afirma que, na
verdade, ela não queria separação, mas sim uma reação dele.
“Normalmente, a mulher joga essas palavras para que o homem tenha alguma
reação. Não é eficaz, mas é o que geralmente se faz. Porém, eu cortei
isso na hora e disse para ela nunca mais dizer essa palavra. Estávamos
passando uma dificuldade, ela jogou essa ideia de separação, eu quis
cortar aquilo na hora para que não entrasse dúvida no nosso
relacionamento. O problema é quando deixa entrar a dúvida e isso afeta o
espírito, que começa a se afastar”, conta ele, sobre como reagiu à
ameaça de separação.
O palestrante também destaca que esse
afastamento pode começar porque a mulher, por ser tão forte e por não
saber dominar a sua força, quer liderar o homem, deixando de respeitar
suas decisões e opiniões. “Diz a Bíblia: Mulher, aceite a liderança de
seus maridos. Quando o marido oferece uma liderança digna de ser
seguida, Deus fala para a mulher: 'aceite que seu marido te lidere', ou
seja, a mulher é tão forte que se ela não deixar, o marido não consegue
liderá-la”, esclarece.
Ele ressalta ainda que a mulher é mais
forte que o homem, e por isso Deus pede para que ela o deixe liderá-la:
“Se Deus não falasse isso, o natural era o homem ser liderado pela
mulher, que é o que acontece hoje em dia entre os casais. Infelizmente.”
O início do fim
Para
Cristiane, a falta de liderança dos maridos é um dos motivos da crise
entre o casal: “Fica a complicação de ele ser o líder, ser o cabeça, e
ela com a dificuldade de respeitá-lo, de deixá-lo tomar iniciativa.
Então fica difícil o casamento funcionar e ser um relacionamento no
Senhor Jesus.”
Com esses obstáculos, o homem começa a
se afastar da esposa. “Com as palavras, ela critica muito, e quando o
homem se sente atacado, criticado pela mulher, a atitude normal dele é
explodir, tratá-la mal, xingar, fazer coisas abusivas ou, simplesmente,
se fechar e sair, literalmente, pela porta, ou emocionalmente, do
relacionamento”, complementa o bispo.
Para ele, isso acontece porque o homem
tem um modo diferenciado de pensamento em relação à vida a dois. “Ele
pensará: ‘Para que eu vou falar? Nada que eu falo você ouve. Por que eu
vou dar opinião? O que eu falar não conta, você fará o que quer de
qualquer maneira.’ É por isso que ele se fecha quando é atacado pela
mulher. É também o motivo pelo qual a Palavra diz para ela respeitar o
marido, para que ele se sinta à vontade de falar com ela sem ser
atacado. Isso não quer dizer que a mulher não tem direito de dar
opinião, ao contrário, mas tem que saber como falar. A força dela está
no jeitinho; com isso, consegue tudo do marido”, finaliza.
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