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domingo, 6 de janeiro de 2013

O sangue

A oferta expressa o amor por Deus

Trecho do livro "Aliança com Deus", do bispo Edir Macedo / Foto: Thinkstock
redacao@arcauniversal.com
 


O sangue é o elemento fundamental numa aliança com Deus. No homem, representa a própria vida, assim como o coração, que bombeia o sangue para todo o corpo, representa a alma. Num pacto com Deus, era preciso haver um sacrifício com derramamento de sangue, pois o animal sacrificado é o substituto daquele que o oferece.
Sob a Antiga Aliança, os pecados de uma pessoa somente poderiam ser perdoados mediante a apresentação a Deus, por ela, através do sacerdote, de um animal para ser sacrificado em seu lugar. O animal era escolhido de acordo com o tipo de pecado cometido.
Ora, sob a Nova Aliança, Deus ofereceu o Seu próprio Filho em sacrifício por todos aqueles que O aceitam como seu substituto. A partir do momento em que a pessoa aceita o sacrifício do Senhor Jesus como o pagamento do seu pecado, fica livre do jugo do diabo, e passa a viver em comunhão estreita com Deus, numa aliança eterna.
Na dispensação da Antiga Aliança, o sangue era o elemento básico para um pacto entre duas pessoas e, de tão importante que era, Deus proibiu terminantemente comê-lo:
"Qualquer homem da casa de Israel ou dos estrangeiros que peregrinam entre vós que comer algum sangue, contra ele me voltarei e o eliminarei do seu povo. Porque a vida da carne está no sangue. Eu vo-lo tenho dado sobre o altar, para fazer expiação pela vossa alma, porquanto é o sangue que fará expiação em virtude da vida.
Portanto, tenho dito aos filhos de Israel: nenhuma alma de entre vós comerá sangue, nem o estrangeiro que peregrina entre vós o comerá. Qualquer homem dos filhos de Israel ou dos estrangeiros que peregrinam entre vós que caçar animal ou ave que se come derramará o seu sangue e o cobrirá com pó. Portanto, a vida de toda carne é o seu sangue; por isso, tenho dito aos filhos de Israel: não comereis o sangue de nenhuma carne, porque a vida de toda carne é o seu sangue; qualquer que o comer será eliminado." Levítico 17.10-14
Também na dispensação da Nova Aliança, o Espírito Santo deu as seguintes instruções à Igreja primitiva: "que vos abstenhais das coisas sacrificadas a ídolos, bem como do sangue, da carne de animais sufocados e das relações sexuais ilícitas..." Atos 15.29
De todas as leis e mandamentos, com respeito aos sacrifícios durante a Antiga Aliança, restou apenas a proibição de comer coisas sacrificadas a entidades cultuadas em religiões pagãs. O sangue da Igreja do Senhor Jesus Cristo são as ofertas de sacrifício dadas espontaneamente pelo povo de Deus, porque cada importância oferecida com sacrifício de amor representa parte da vida do ofertante nas mãos de Deus. E a oferta não é necessariamente uma grande soma de dinheiro, porque o sacrifício não é medido pelo valor, mas pela qualidade da oferta.
O melhor exemplo disso foi a oferta da viúva pobre, e vale a pena analisar com mais profundidade o caso dela, mesmo que já tenhamos comentado algo a respeito. Diz a Bíblia:
"Assentado diante do gazofilácio, observava Jesus como o povo lançava ali o dinheiro. Ora, muitos ricos depositavam grandes quantias. Vindo, porém, uma viúva pobre, depositou duas pequenas moedas correspondentes a um quadrante.
E, chamando os seus discípulos, disse-lhes: Em verdade vos digo que esta viúva pobre depositou no gazofilácio mais do que o fizeram todos os ofertantes. Porque todos eles ofertaram do que lhes sobrava; ela, porém, da sua pobreza deu tudo quanto possuía, todo o seu sustento." Marcos 12.41-44
Em suma, a partir do exposto nos versículos acima, podemos listar alguns conceitos sobre as ofertas de sacrifício que devem ser dadas pelo povo de Deus:
1) Deus observa como o povo lança a oferta sobre a Sua Obra, ou seja, sobre a Sua Igreja, pois esta instituição representa Deus na Terra, e a consideração do povo para com a Igreja do Senhor é a mesma para com o Seu fundador: Jesus. O respeito, o cuidado e o zelo pela Casa de Deus fazem parte do culto racional que apresentamos a Deus continuamente, pois, como está escrito:"o zelo da tua casa me consumiu..." Salmos 69.9
2) Quem realmente quer agradar a Deus não procura mostrar-se para os demais. Pelo contrário, quando a oferta é dada para a glória de Deus, ninguém deve tomar conhecimento disto, senão o próprio Espírito Santo. E o que procura ser glorificado pelos homens será humilhado por Deus, mas aquele que busca a glória de Deus, ainda que seja humilhado pelos homens, será exaltado pelo próprio Deus. E como está escrito que Deus humilha os exaltados e exalta os humilhados, a viúva teve o seu louvor vindo da parte do Senhor Jesus, ao passo que os ricos que deram muito foram censurados por Ele.
3) Deus nunca observa o que a pessoa traz nas mãos, mas o que fica no seu bolso. Foi o que aconteceu quando o Senhor Jesus censurou os ricos diante dos Seus discípulos. Quando alguém traz a sua oferta diante de Deus, pode estar certo de que aquela oferta está sendo colocada na balança com o que ficou no bolso. Se o restante está reservado para saldar algum compromisso, a oferta que está sendo trazida diante de Deus tornar-se-á realmente a melhor; mas, se aquele restante for maior e não há compromisso a saldar, então a oferta não é a melhor para Deus. É claro que há os que, movidos por uma grande convicção de fé, sacrificam até a importância já comprometida, mas isso fazem por uma questão pessoal de fé, porque têm a mais absoluta certeza de que na hora de saldar o compromisso o Senhor há de suprir a sua necessidade de maneira que venha a sobrar.
4) O Senhor Jesus pôde avaliar o coração dos ricos e o coração da viúva pobre pelas ofertas que deram. Na verdade, Deus não precisa de nenhum centavo nosso, porque Ele foi, é, e sempre será o dono de tudo o que existe, tanto nos Céus como na Terra. A oferta é apenas uma expressão de amor que o ser humano apresenta diante d'Ele, pois é impossível amar sem dar alguma coisa, sem oferecer algo que, de fato, confirme esse amor. Amar é dar!
Ora, não é assim que tem acontecido com os que se amam? Por meio do casamento há uma entrega simultânea de um ao outro, expressando o amor. Assim também é a oferta a Deus; ela expressa, de uma forma concreta, o sentimento que o ofertante tem dentro do seu coração.
Mas é muito importante que se verifique a grande diferença entre a oferta, os dízimos e o sacrifício. São totalmente diferentes, e cada um expressa um sentimento diante de Deus. A oferta expressa o amor por Deus; os dízimos significam a fidelidade a Deus e, finalmente, os sacrifícios representam a vida do sacrificante em função de algo que deseja.

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