Translate - Tradutor

Total de visualizações de paginas

veja a baixo , o Pais e a cidade dos visitantes

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Quem toma as decisões familiares?

Depende do tipo de relação escolhido pelo casal

Por Tany Souza
tany.souza@arcauniversal



Há alguns anos, o homem era quem comandava a casa e a família. Isso porque somente ele trabalhava fora e tinha a obrigação de manter tudo com o salário que recebia. Com o desenvolvimento da sociedade, a mulher precisou, mas também desejou, ir ao mercado de trabalho, para conquistar o seu espaço profissional e financeiro. Mas será que isso mudou a maneira de tomar decisões dentro da família?
Para a psicóloga Roseleide da Silva Santos, houve sim uma mudança, pois ambos começam a decidir dentro da casa. “Como ela também trabalha, pode contribuir para as decisões da família e não é somente o homem que tem esse papel de chefe do lar. Porém, hoje em dia os casamentos estão entrando em atrito justamente por causa disso, pois a mulher não aceita mais a posição de obediência ao que o marido decidir.”
Isso acontece porque as relações humanas – e conjugais – estão sempre em constante mudança, devido às transformações econômicas, culturais, sociais. “É por isso que hoje as decisões tomadas não são somente do homem. Antes era só desse jeito, hoje existem outras possibilidades de dinâmica entre o casal. Eles se adaptam à realidade que criam: se definem que será o homem a tomar decisões, tudo bem, se os dois, tudo bem também. Tudo depende de como é bom para um relacionamento saudável entre eles”, explica Roseleide.  
A psicóloga esclarece que estamos vivendo um momento de transição, onde cada casal cria o seu jeito de organizar a casa. “Porém, é importante ressaltar que, se a mulher considera que depender do marido a torna segura, isso não é saudável, mas é uma dependência. Mas, se ela o tem como um amparo, contando com uma ajuda, isso é o adequado. Um casamento tem que ser ‘nós’ e não ‘eu’.”
Em conjunto, em casal
Segundo Roseleide, viver um casamento é saber dividir as decisões e responsabilidades. “Estar casado é não se isentar da decisão, é estar com o outro, ao seu lado. Às vezes, é pesado para o homem determinar algo. Dividir isso em parceria deixa o casamento e a situação em questão mais leve. É complicado exigir do outro o que nós mesmos não seríamos capazes de fazer sozinhos.”
E essa divisão de responsabilidade na tomada de decisões traz bons exemplos para os filhos. “Eles aprenderão que a vida é de partilha, que não somos autossuficientes, e que sempre podemos precisar do auxílio do outro, a qualquer momento. Em uma relação onde há troca, há sempre ajuda”, finaliza Roseleide.

Nenhum comentário:

Postar um comentário